O International Board (IFAB) recomendou vivamente a realização de ensaios preliminares sobre a introdução de tecnologia vídeo como apoio ao trabalho dos árbitros, decisão que poderá ser ratificada formalmente na próxima reunião da organização a realizar em Cardiff (País de Gales), de 4 a 6 de março.
"Os protocolos para tais ensaios foram hoje analisados e serão concretizados antes da reunião geral anual em Cardiff, o que abrirá o caminho para ensaios ao vivo assim que os prazos e o respetivo enquadramento sejam confirmados", pode ler-se no comunicado emitido pelo IFAB passada quinta-feira, 7 de janeiro de 2016, no qual também é feita referência ao interesse de várias federações e outros organismos que gerem o futebol em aplicar esses ensaios.
O director-executivo da Federação Galesa de Futebol, Jonathan Ford, que presidiu à reunião, afirmou que os ensaios poderiam começar na próxima temporada, embora sejam necessárias duas temporadas "no mínimo" para serem concluídos.
Entretanto, o IFAB fez saber que os detalhes precisos sobre a forma como os ensaios serão levados a cabo ainda não tinha sido definidos, até porque é necessário estabelecer a distinção entre o apoio de vídeo ao trabalho dos árbitros, o qual recomenda, e as repetições dos lances através de vídeo.
"As repetições sugerem que o jogo deve ser parado, tal como sucede com outros desportos, nos quais se recorre a um ecrã para rever os lances e o árbitro aguarda enquanto se toma uma decisão", disse Stewart Regan, diretor-executivo da Federação Escocesa de Futebol, em conferência de imprensa.
No entanto, ainda segundo Regan, "o futebol é um jogo de movimentos rápidos e é nosso entendimento que não se trata de uma repetição, mas sim de um apoio ao árbitro" e que se este receber uma indicação no ouvido a dizer-lhe que o lance é de cartão vermelho, "pode optar por assumir essa informação".
Federação Portuguesa de Futebol disponível para introduzir ainda esta época o video-árbitro
Por cá, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestou, na sexta-feira, à FIFA a disponibilidade em realizar já esta época testes à introdução do vídeo no apoio aos árbitros em qualquer das competições nacionais.
Segundo disse uma fonte oficial da FPF à agência Lusa, o organismo enviou à FIFA uma carta na qual foram colocadas uma série de questões sobre os procedimentos a tomar e mais detalhes sobre a amplitude dos testes, bem como fornecedores e equipamentos tecnológicos.
Esta iniciativa da FPF surge após os presidentes da Liga, Pedro Proença, ex-árbitro internacional, e do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, já se terem manifestado a favor dos testes à introdução do vídeo.
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