Inicia-se hoje, sexta-feira 15 de janeiro, o Campeonato da Europa de 2016 de Andebol que se realiza na Polónia e decorrerá até 31 deste mês.
Uma vez mais sem a participação da seleção portuguesa - Portugal não marca presença desde 2006 -, estarão em competição um total de 16 seleções europeias.
O campeão deste Europeu ficará automaticamente apurado para os Jogos Olímpicos do Rio’2016 e os três primeiros classificados para o Mundial’2017, cujas provas somarão mais uma seleção do Velho Continente no caso da França, já qualificada para as duas competições, voltar a ganhar a competição.
E também há possibilidade de saírem as equipas que poderão calhar em sorte a Portugal – o sorteio é dia 31 – para o playoff de acesso ao Mundial’2017. De momento, apenas a França está descartada dessa lista.
Destaque para a presença dos árbitros Duarte Santos e Ricardo Fonseca, que estiveram no Mundial e vão ao Europeu, sendo igualmente candidatos a marcarem presença nos Jogos Olímpicos, o que seria inédito, pois tornar-se-iam na primeira dupla portuguesa de árbitros de andebol olímpicos.
Nikola Karabatic, a estrela maior da seleção francesa. |
Comandados por Nikola Karabatic, os campeões olímpicos, mundiais e europeus defendem a sua hegemonia no andebol mundial.
A França não tem dado hipóteses no andebol, sendo a grande favorita no Campeonato da Europa.
São muitos os fatores que contribuem para que os gauleses tenham a hegemonia, depois de se sagrarem bicampeões olímpicos em Pequim’2008 e Londres’2012, e medalhados de ouro nos últimos Mundial’2015 e Europeu’2014.
Com muitas estrelas nas suas fileiras, a França detém uma das melhores seleções de sempre da história, sendo o único país a conquistar, no mesmo ciclo, os três títulos mais importantes das provas internacionais, sempre comandada por um trunfo incontornável, Nikola Karabatic, por muitos considerado o melhor andebolista de sempre.
O central e lateral-esquerdo de origem servo-croata, que voltou a ser considerado o MVP de 2015, tem um talento inconfundível, uma técnica apuradíssima e é muito forte fisicamente. A inteligência na construção do jogo, o poder de finta nos duelos individuais e o potente remate exterior são outras das suas características. Como resultado, Karabatic acumulou um fabuloso palmarés, tanto na sua seleção como também nos clubes por onde passou.
Acontece que a seleção gaulesa parte para o início desta competição muito debilitada, com muitos dos seus jogadores afetados fisicamente, por se terem lesionado nas últimas semanas, casos de Fernandez, Barachet, Accambray, Grébille, Bonnefond e N’Guessan.
Apostados em transformar as contrariedades num fator de união, a França costuma crescer ao longo das provas, com os seus jogadores a subirem de rendimento com a aproximação das finais.
Outros candidatos
Outras seleções têm ambições para destronar a França, numa prova muito competitiva. A começar pela Polónia, medalha de bronze no Mundial’2015, que beneficiará do fator casa, sempre com um apoio acima dos 15 mil espectadores.
Depois há a Dinamarca, vice-campeã europeia, a Espanha (bronze) e a Croácia (4.ª), países que têm estado quase sempre na luta pelas medalhas.
Num segundo plano surgem equipas como a Suécia (vice-campeã olímpica) ou a Croácia (bronze em Londres’2012), que também podem surpreender.
Fonte: Record
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