Teresa Portela: «Invisto as poupanças na minha carreira»
Teresa Portela realizou um estágio de três semanas na Cidade do México, a mais de 2 mil metros de altitude, treinando-se numa pista que foi palco dos Jogos Olímpicos de 1968.
Em entrevista ao jornal Record, a canoísta esposendense fez uma abordagem aos preparativos que tem levado a cabo nas últimas semanas/ meses, principalmente desde que passou a ter Octavian como seu treinador, tocando igualmente noutros temas, como em relação aos esforços que tem feito para se apresentar nas melhores condições nas principais competições internacionais que se avizinham - Europeu e Mundial.
Durante o estágio, de Portugal fez-se acompanhar por Inês Esteves, sendo que na América teve ainda como colegas de treino dois romenos e dois norte-americanos.
Os trabalhos foram coordenados pelo técnico romeno Octavian, que trabalha com a portuguesa desde outubro.
Uma concentração que teve certamente os seus custos.
“Consegui guardar algum dinheiro da bolsa olímpica e do Benfica. Em vez de o gastar noutra coisa, invisto as poupanças na minha carreira”, frisou a canoísta de 26 anos.
E que balanço faz do estágio?
“Foi a primeira vez que estive a treinar em altitude. Este tipo de estágio faz parte dos planos de preparação do meu treinador e foi nesse enquadramento que estive no México. A verdade é que ainda não deu para perceber os efeitos. Regressei há pouco mais de uma semana e talvez só em competição é que consiga ver os resultados”, explicou Teresa Portela.
Mas a canoísta do Benfica já tem uma certeza: “Foi muito duro e exigente, pois treinar com pouco oxigénio é um sofrimento a dobrar”.
Sem pressão. Depois de ter ganho em termos absolutos o Nelo Winter Challenge e de ter falhado, por opção o Campeonato Nacional de Fundo, Teresa Portela está desejosa que chegue a selectiva que se disputa a 12 e 13 deste mês, em Montemor-o-Velho. Como o próprio nome indica, será uma prova onde serão definidos os vencedores de K1em masculinos e femininos que representarão Portugal nas provas da Taça do Mundo.
“Estou tranquila, independentemente de ganhar ou não. Estou muito curiosa em analisar em competição todo o trabalho que tenho feito, não só o que realizei no México, mas tudo o que está para trás. Em suma, perceber se todo o investimento pessoal está a valer a pena”.
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