A Câmara Municipal de Esposende deu, hoje, o primeiro passo concreto para a criação do Parque da Cidade, ao decidir avançar com a elaboração do respetivo projeto de arquitetura, por uma empresa externa depois de, em 2013, ter promovido um concurso público internacional para a conceção deste espaço, que vai nascer através da requalificação dos terrenos localizados entre o Centro de Atividades Náuticas e a Ponte D. Luís Filipe (ponte de Fão). O perímetro da intervenção foi alargado, englobando também o troço da Estrada Nacional 13 compreendido entre a Rotunda da Avenida Marginal e a ponte, bem como o polígono junto àquela travessia.
Ciente da complexidade e da morosidade de um projeto deste cariz e desta envergadura, mas reconhecendo o inegável interesse e importância para a cidade e para o concelho de um espaço vocacionado para o lazer e o recreio, a edilidade municipal entendeu avançar com o processo, que se desenvolverá em várias fases, desde a aquisição dos terrenos até à execução da intervenção. De notar que a elaboração do projeto de arquitetura é condição essencial para avançar com o processo, nomeadamente para uma eventual candidatura a fundos comunitários.
O projeto terá que ter em conta as intervenções de requalificação já realizadas na frente ribeirinha, as normas do PDM e as condicionantes locais, englobando uma solução sustentável e focalizada na regeneração urbana e paisagística, com especial preocupação com a sustentabilidade, quer ao nível das opções construtivas, quer das opções paisagísticas. Na elaboração do projeto poderão, eventualmente, ser considerados alguns aspetos das propostas do referido concurso público internacional.
Este projeto insere-se na estratégia de requalificação e valorização da cidade e pretende transformar aquela área num espaço atrativo e aprazível, que possa ser usufruído por diferentes gerações. Assim, perspetiva-se que o Parque da Cidade integre percursos pedonais e cicláveis em articulação com os existentes e previstos, nomeadamente a Ecovia do Litoral Norte e os Trilhos do Cávado, espaços para eventos ao ar livre relacionados com o rio e a prática de desporto informal, postos de interpretação ambiental e pontos de observação de avifauna, prevendo-se que integre ainda parque de merendas, sanitários públicos, equipamentos lúdicos e mobiliário urbano.
Sublinhando que esta intervenção de requalificação da parte sul da zona ribeirinha “permitirá dotar a frente do rio de uma imagem urbanisticamente mais harmoniosa e integrada”, Benjamim Pereira refere que “apesar de nunca ter sido prometida por este executivo a sua construção, o Parque da Cidade é um projeto da maior relevância, na medida em que contribuirá para a valorização da zona ribeirinha e da própria cidade e mesmo do concelho”.
O Presidente da Câmara Municipal de Esposende realça que “este processo desenvolver-se-á faseadamente, atendendo à complexidade que lhe está subjacente, desde logo pela localização da área em que se insere, com parcelas que integram a RAN (Reserva Agrícola Nacional), a REN (Reserva Ecológica Nacional) e a Rede Natura 2000, sendo nossa intenção abri-lo à discussão pública, permitindo, assim, à população pronunciar-se e apresentar contributos relativamente à intervenção a executar”, esclareceu Benjamim Pereira.
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