Paulo Gonçalves (Honda) caiu para o terceiro lugar da geral, depois do 12º lugar na etapa de hoje, a quarta do Rali Dakar 2015.
O piloto esposendense arrancou muito mal. Aos km139 perdia mais de 16 minutos para o mais rápido, mas depois manteve um andamento ao nível dos da frente, perdendo menos tempo. Ao km 251, Gonçalves perdia 16m45s para o mais rápido, terminando os 315 km cronometrados da especial de hoje com 12º melhor tempo, a 14m56s do vencedor.
Paulo Gonçalves a explicar o erro de navegação. |
“Hoje foi um dia difícil para mim, perdi-me no início, ao quilómetro 11. Depois tentei recuperar mas acabei por fazer mais um erro de navegação ao quilómetro 124, perdi imenso tempo, pois não consegui encontrar a pista para ir para o topo da montanha. Ceguei ao refueling e percebi que estava a perder mesmo muito tempo, mais de vinte minutos. Felizmente, na parte final consegui recuperar algum tempo, mesmo assim perdi quinze minutos para o líder do dia, mas tenho de estar contente porque acabei por recuperar tempo para os lugares do pódio na parte final”.
A vitória foi para o espanhol Joan Barreda Bort (Honda), que assim venceu pela segunda vez no Dakar 2015, com uma vantagem de 1m59s sobre Marc Coma (KTM). Pablo Quintanilla (KTM) foi o terceiro, a 2m49s de Bort.
Ruben Faria (KTM) cotou-se como o melhor português nas motos ao terminar com o quinto melhor tempo, vendo-se ultrapassado por Jordi Viladoms nos últimos metros.
Hélder Rodrigues (Honda) também sentiu algumas dificuldades na parte final, depois de ter rodado com os primeiros nos quilómetros iniciais (chegou mesmo a ter o terceiro tempo). Terminou em 17º, a 20m31s.
Na geral, Barreda Bort passou a ter 12m49s sobre o segundo classificado, agora Marc Coma.
Paulo Gonçalves perdeu o segundo lugar, baixando para terceiro, a 20m29s de Joan Barreda e a 7m39s de Coma.
Atrás do piloto esposendense surge agora Ruben Faria, que subiu um lugar na geral. Está a 2m34s de Gonçalves.
Já Hélder Rodrigues caiu para o décimo lugar, a 2m37s do nono classificado, que é agora o francês Alain Duclos (Sherco).
A etapa foi igualmente difícil para Mário Patrão (Suzuki), que foi apenas 49º, não evitando uma queda de dois lugares na geral. É agora 35º.
Na quinta-feira, os pilotos vão percorrer uma das maiores especiais da prova, com 458 quilómetros, mais 239 de ligação, entre Copiapó e Antofagasta.
Classificação provisória da 4ª etapa:
1. Joan Barreda (Honda), 3h27m28s
2. Marc Coma (KTM), +1m59s
3. Pablo Quintanilla (KTM), +2m49s
4. Jordi Viladoms (KTM), +10m44s
5. Ruben Faria (KTM), +10m55s
6. Javier Pizzolito (Honda), +11m29s
7. Alain Duclos (Sherco), +12m51s
8. Laia Sanz (Honda), +13m48s
(...)
12. Paulo Gonçalves (Honda), +14m56s
(...)
17. Hélder Rodrigues (Honda), +20m31s
(...)
49. Mário Patrão (Suzuki), +47m04s
CLASSIFICAÇÃO GERAL (motos):
1. Joan Barreda (Honda), 13h10m33s
2. Marc Coma (KTM), +12m49s
3. Paulo Gonçalves (Honda), +20m29s
4. Ruben Faria (KTM), +23m05s
5. Jordi Villadoms (KTM), +24m51s
6. Pablo Quintanilla (KTM), +30m42s
7. Toby Price (KTM), +32m05s
8. Matthias Walkner (KTM), +33m28s
9. Alain Duclos (Sherco), +36m31s
10. Hélder Rodrigues (Honda), +39m05s
(...)
35. Mário Patrão (Suzuki), +2h15m25s
Morte no Dakar:
Michal Hernik. |
As circunstâncias da morte são ainda desconhecidas, sabendo-se apenas que Michal Hernik foi encontrado sem vida pela organização a cerca de 300 metros do percurso, ao quilómetro 206 da etapa.
Esta foi a estreia do piloto polaco de 39 anos no Rali Dakar, prova que preparou de forma ponderada com a participação no Abu Dhabi Desert Challenge, em 2012, em 2014, e no Rali de Marrocos, em 2013, prova onde Paulo Gonçalves se sagrou Campeão do Mundo.
Desistência de Sam Sunderland:
Sam Sunderland. |
marcada pelo abandono do britânico Sam Sunderland (KTM), vencedor da tirada inaugural deste Dakar'2015, na sequência de uma queda em que fraturou uma clavícula.
Depois de ter sido o primeiro líder do Dakar'2015, Sunderland somou a sua terceira desistência em outras tantas participações.
A relação de Sam Sunderland com o Rali Dakar começa a não fazer grande sentido, já que em 2012 desistiu à terceira etapa e em 2013, inscrito como piloto oficial no regresso da Honda à competição, acabou por nem chegar a partir depois de se ter lesionado alguma semanas antes do arranque da prova. Em 2014 viria a abandonar com problemas de motor na quarta etapa.
Além de Sunderland, o argentino Mauro Ayesa (Yamaha) e o congolês Franck Verhoestraete (Sherco) também abandonaram a prova na etapa que ligou Chilecito, na Argentina, a Copiapó, no Chile, depois de chocarem contra um cavalo.
A edição de 2015 já teve 82 desistências entre 406 veículos inscritos à partida.
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