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» » » » Paulo Gonçalves recebido em festa no aeroporto após 2º lugar no Dakar'2015




Dois dias após ter terminado o Rali Dakar'2015 no segundo lugar, Paulo Gonçalves foi recebido, esta segunda-feira, por familiares e amigo, em clima de festa no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Assim que o piloto de Esposende passou a porta de desembarques, proveniente da Argentina, surgiram muitas palmas, felicitações e cânticos, inclusivamente ouvindi-se «Benfica, Benfica, Benfica», numa alusão à recente ligação estabelecida entre Paulo Gonçalves e o SL Benfica, poucos dias antes do primeiro partir para o recém terminado Dakar.

Para Paulo Gonçalves, tratou-se de «mais um prémio pelo esforço e pelo TRABALHO».
«O segundo lugar no Dakar é uma vitória para mim. Estive muito perto de vencer, se não tivesse sido a penalização, mas isso também faz parte da corrida. Perseguia a presença no pódio há alguns anos, felizmente consegui agora. Estou muito satisfeito e agora vou lutar por melhorar, de forma a ser o primeiro português a vencer o Dakar», expressou.

Lamenta as penalizações de que foi alvo "fiquei a 16,53 minutos do Marc Coma e tive penalizações de 17 minutos", mas entende que o espanhol foi um vencedor justo, lembrando que o rival é um dos grandes motards da história. "É um grande piloto. Tem todo o mérito no triunfo. É um grande adversário e um piloto muito honesto em pista. Ganhou cinco vezes o Dakar e seis títulos mundiais, o que diz tudo. Perdi contra um grande, mas estou muito feliz com este segundo lugar", vincou.

Em tom de brincadeira, Paulo Gonçalves considera que foi alvo de "vingança" por parte do espanhol, "pela derrota no Mundial de 2013". "Ele recuperou o título mundial em 2014 e agora ganhou-me o Dakar em 2015. No ano que vem era bom que fosse de reviravolta e dar-lhe o troco", gracejou.

Apesar dos meros sete segundos entre a diferença final para Coma e os 17 minutos de penalização - 15 por troca de motor e dois por excesso de velocidade - Paulo Gonçalves entende que o seu adversário geriu a diferença e dificilmente perderia a vantagem. "Ficou o sabor de que tinha sido possível, mas é o meu primeiro pódio, algo que já perseguia há muitos anos, mas tinha-me faltado a estrelinha. Certamente que o Marc conservou a vantagem de 20 minutos após a minha troca de motor. No lugar dele, teria feito uma corrida muito mais ponderada e certamente que ele usou essa estratégia", reconheceu.

O piloto oficial da Honda manifestou a vontade de ser o primeiro português a ganhar o Dakar em todo o terreno, assumindo que o espanhol Marc Coma foi o justo vencedor este ano.
"Não temos muita quantidade, mas temos grande qualidade de pilotos. Temos dois terceiros e dois segundos lugares no Dakar. Só falta o que todos querem, a vitória. Pelo menos um dos três irá trazê-la para Portugal. Quero ser o primeiro a fazê-lo", disse, referindo-se ainda a Rúben Faria (KTM) e Hélder Rodrigues (Honda).

Paulo Gonçalves explicou a sua convicção no futuro êxito luso: "Temos repetido os feitos uns dos outros. E agora vamos ver quem é o primeiro a ganhar. Espero ser eu e depois outro a repetir o feito", recordando depois as exigências do Dakar "muitos consideram-no a prova mais dura e completa do mundo", com factores como as temperaturas negativas à partida e o calor extremo na chegada, as diferenças de altitude e as sucessivas alterações de piso, combinações que provocam desafios distintos. "Agora, a única forma de melhorar este segundo lugar é ganhar. Que seja já no próximo ano", concluiu o piloto da Honda.

Veja o vídeo da chegada de Paulo Gonçalves:




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