Reportagem: Ponto da situação dos campos e estádios de futebol do concelho de Esposende

Por: Unknown Data: quinta-feira, setembro 26, 2013 / Comentários: 0

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Obras no Estádio Padre Sá Pereira.

Como é do conhecimento geral, alguns estádios de futebol do concelho estão a sofrer intervenções de melhoramento, mais ou menos profundas. Noutro(s) caso(s) essa expectativa também se coloca.

Saber em que ponto estão essas obras e a generalidade dos estádios ou campos de futebol do nosso concelho, motivou-nos a fazer um levantamento dessa realidade.

João Cepa, actual
Presidente da Câmara Municipal de
Esposende.

O actual e ainda Presidente da Câmara Municipal de Esposende, João Cepa, anunciou, a alguns meses de distância do final do seu último mandato, que as obras nos estádios de Esposende (Padre Sá Pereira) e de Forjães (Horácio de Queirós) iriam conhecer, finalmente, as remodelações que vinham sendo reivindicadas pelos clubes locais.

Na altura João Cepa sugeriu publicamente que era chegado o momento de se apostar mais afincadamente nas infraestruturas destinadas à prática desportiva, depois do foco ter recaído sobre outras valências, como o parque escolar, zonas de lazer, rede de abastecimento de águas e saneamento. De alguma forma pretendeu-se passar a ideia do início de uma espécie de Plano de Remodelação e Requalificação dos Equipamentos Desportivos do Concelho de Esposende.

No início do ano de 2013 a autarquia de Esposende anunciou a requalificação do Estádio Municipal "Padre Sá Pereira". Segundo foi adiantado, o valor do investimento rondaria os 400 mil euros, justificados pela intervenção profunda ao nível da face exterior da bancada e do seu interior, nomeadamente balneários e outras divisões, contemplando ainda a mudança da relva natural para sintética.

O arranque desta obra estaria previsto para o final da época desportiva anterior - 2012/2013, mas, na verdade, só começou a ser consumada quando já se dava os primeiros passos da época que agora decorre.

Por esse motivo a AD Esposende viu-se forçada a realizar os seus primeiros cinco/ seis jogos sempre na condição de visitante, invertendo a ordem dos jogos em que lhe caberia jogar em casa.

Agora, ao que tudo indica, as obras estarão a um passo de estarem concluídas ou, pelo menos, ao ponto de permitir que se realizem jogos de futebol no estádio, como se pressente pelo facto de, no dia 06 de Outubro - domingo, estar previsto se disputar no Estádio Padre Sá Pereira, o jogo AD Esposende x Clube Caçadores das Taipas, para a 7ª jornada do campeonato Pró-Nacional da AF Braga.

Recorde-de que uma parte do estádio (edifício onde havia um bar - parte norte) já sofrera uma intervenção, sensivelmente há dois anos atrás, para melhoramento das instalações de apoio à formação dos jovens desportistas.

Mudança de piso, relva natural para sintética, no Estádio Padre Sá Pereira.

Sensivelmente em simultâneo arrancaram as obras no Estádio Horácio de Queirós, em Forjães. O tipo de intervenção, igualmente promovida pela autarquia, é em tudo semelhante à efetuada em Esposende, já que para além da colocação do piso sintético [antes havia um piso em terra batida], também está previsto uma profunda intervenção ao nível da bancada e demais estruturas.

Tal como a AD Esposende, o Forjães SC tem feito os seus primeiros jogos, para o campeonato da Divisão de Honra da AF Braga, sempre na condição de visitante. Ao que sabemos, ainda não é possível adiantar uma data para retomar a normalidade dos trabalhos do clube.

Bancada Superior e piso em terra batida do Estádio Horácio de Queirós.

Por altura do XXVI Torneio Internacional de Futebol Infantil do FC Marinhas, realizado nos passados dias 8 e 9 de Junho no Parque Desportivo de Marinhas, o Presidente da Câmara Municipal de Esposende surpreendeu todos os presentes ao tomar a palavra e ao anunciar que o piso sintético daquele estádio, já muito desgastado, seria substituído por um novo antes mesmo do dia 29 de Setembro, dia de eleições autárquicas e que marca o fim do mandato de João Cepa.

Como até ao momento, com o tal dia 29 muito próximo, não há qualquer indicação de que essa intervenção tenha iniciado ou perspectiva disso acontecer, pode-se considerar a impossibilidade de se cumprir a promessa do ainda Presidente da Câmara.

Será que foi apenas uma promessa, daquelas que servem apenas para agradar, sem terem consistência para serem realizadas?

E a realizar-se, vai interromper o normal trabalho das equipas do clube, o FC Marinhas, com a época já em pleno decurso?

Perguntas que ficam para a consideração de cada um.

Tal como aconteceu com a AD Esposende, o FC Marinhas dispôs, sensivelmente há dois anos atrás, de obras no lado norte da bancada principal, para melhoramento das instalações de apoio à formação dos jovens desportistas, as quais ainda não estarão completamente concluídas.

Piso do estádio do FC Marinhas já muito desgastado.

O estádio de Vila Chã, da responsabilidade da freguesia local, necessitará que se dê continuidade à construção do pavilhão, que está parada a algum tempo, ao que sabemos por falta de financiamento e ainda que se proceda aos acabamentos no interior da bancada.

O estádio contempla um campo de futebol em relva natural, que serve essencialmente para os treinos e jogos da equipa sénior, e um campo em terra batida.

Estádio de Vila Chã.

No complexo do estádio de Fão deverá ser adicionado mais um ou dois campos de treinos, com dimensões para o futebol de 7 e de 5. Actualmente o CF Fão pode usufruir de um campo em relva natural e um outro de relva sintética, destinado às camadas mais jovens.

Na globalidade, admite-se que os estádios de Vila Chã e de Fão estão adequados à realidade e pergaminhos dos seus clubes, pelo menos ao nível do campo principal.

Complexo Desportivo de Fão.

Quanto aos restantes campos de futebol locais, cujos respetivos clubes se mantêm em actividade, será que também vão ser contemplados com a colocação de pisos sintéticos e outras melhorias?

Numa espécie de lista de espera, estarão então os campos de futebol em terra batida de Belinho, Palmeira de Faro e Gandra. Os clubes locais conseguem, com muito esforço, manter alguma actividade para os jovens das suas freguesias, pelo que mereceriam alguma atenção, principalmente numa óptica de desenvolvimento desportivo dos seus praticantes.
Indiscutivelmente têm todo o direito de reclamar por melhores condições, mas a constante indefinição quanto à continuidade da actividade desses clubes atrapalham sobremaneira essas intenções.
Depois há outro factor que cada vez mais deve estar presente no consciente das pessoas que tomam estas e outras decisões, numa perspectiva não só de curto mas também de médio/ longo prazo: a progressiva diminuição de jovens na sociedade que todos sentem, ora por motivos de emigração, ora por motivos de baixa da natalidade. Por aí e juntando a apetência dos jovens em procurarem os clubes mais significativos do concelho e fora dele, a tendência será a dos clubes sentirem cada vez mais dificuldades em constituírem equipas, principalmente aqueles com menos expressão.

Campo de Jogos de Belinho.

Campo de Jogos de Palmeira de Faro.

Campo de Jogos de Gandra.

O campo de Gemeses, que até aqui funcionava como casa para as equipas jovens da AD Esposende, terá os dias contados, pois lá deverão ser edificadas habitações.

Há ainda alguns campos de futebol existentes nas outras freguesias do concelho que, por força da inatividade dos seus clubes, estão desativados e, de alguma forma, votados ao abandono, pelo que é de todo descabido pensar-se em se equipar esse campos da mesma forma que os outros.

Campos de futebol que se encontram desativados:

1- São Paio de Antas - Antas FC;

2- São Bartolomeu do Mar;

3- Curvos;

4- Fonte Boa;

5- Rio Tinto;

6- Apúlia;

NOTA:
Este trabalho não tem como propósito o fundamentalismo ideológico, apenas pretende fazer um levantamento generalizado e resumido da situação dos diversos campos/ estádios de futebol do nosso concelho, que existem em todas as nossas freguesias.