Terminado o principal campeonato distrital a nível sénior - Pró-Nacional -, que contou com a participação de duas equipas do nosso concelho, FC Marinhas e AD Esposende, é chegado o momento de fazer o balanço dessas participações.
O FC Marinhas, com alguma antecipação, conseguiu o objetivo fundamental que passava pela permanência neste campeonato. Por sua vez, a AD Esposende acabou por ser relegada para a divisão inferior, a Divisão de Honra.
O vencedor do Pró-Nacional foi o conjunto de Vizela, o CCD Santa Eulália, que juntamente com o segundo classificado, o Vieira SC, subiu ao Campeonato Nacional de Séniores.
As equipas que acompanham a AD Esposende na descida para a Divisão de Honra da AF Braga são o GD Travassós, o Dumiense FC e o Pevidém SC, este como último classificado.
Classificação final do Pró-Nacional:
FC MarinhasA época do FC Marinhas chega ao fim com o objetivo cumprido e com a equipa posicionada na metade superior da tabela classificativa.
No entanto, a época decorreu com alguma intermitência ao nível dos resultados, alternando períodos de maior fulgor com outros em que os resultados positivos não surgiam, o que fez com que a dada altura a equipa passasse pela zona perigosa da tabela classificativa e se temesse por um desfecho não esperado.
Para este cenário terá contribuído o mau arranque no campeonato e depois, quando os bons resultados começaram a surgir com mais regularidade, a equipa viu-se impedida de treinar e jogar no Parque Desportivo de Marinhas, por força da substituição do relvado sintético, que se arrastou desde finais de novembro de 2013 até meados do mês de março deste ano, devido ao mau tempo que foi impedindo a conclusão da intervenção.
Curiosamente, nos jogos seguintes a esta mudança, os marinhenses conheceram o seu primeiro período verdadeiramente de maior fulgor, vencendo quatro jogos de forma consecutiva.
Depois, o mês de fevereiro revelou-se muito desafortunado para o FC Marinhas, durante o qual não amealhou qualquer ponto, em quatro jogos.
A partir de março, principalmente quando se deu o retorno ao seu estádio, a normalidade foi reposta e a época terminou sem sobressaltos, voltando a repetir a série de quatro jogos consecutivos a somar os três pontos.
Pelo meio, aconteceu um dos momentos mais marcantes da época, quando o treinador principal Jó Faria foi suspenso por dois anos pelo Conselho de Disciplina da AF Braga.
O FC Marinhas completou as 34 jornadas do campeonato com 47 pontos acumulados, resultantes de 14 vitórias, 5 empates e 15 derrotas, terminando em 7º lugar.
Com 51 golos marcados e 54 sofridos, o FC Marinhas terminou a prova simultaneamente com um dos melhores ataques (4ª equipa com mais golos marcados) e uma das piores defesas (5ª defesa mais batida).
Em casa registou 9 vitórias, 3 empates (GD Serzedelo, Pevidém SC e SC Maria da Fonte) e 5 derrotas (AD Esposende, Vieira SC, Merelinense FC, GD Porto D'Ave e CCD Santa Eulália e ), tendo marcado 28 golos e sofrido 19.
Fora de portas, ganhou 5 jogos (CD Celoricense, GD Porto D'Ave, Vieira SC, Pevidém SC e GD União Torcatense), empatou 2 (Arões SC e Brito SC) e perdeu 10. Marcou 23 golos e sofreu 35.
A sua pior série sem vencer foi de 6 jogos, na qual registou 2 empates e 4 derrotas, entre a 6ª e a 11ª jornada.
A pior série de derrotas consecutivas aconteceu entre a 21ª e a 24ª jornada, ao perder quatro jogos seguidos.
A melhor série de jogos sem perder aconteceu por duas vezes, ao ganhar quatro jogos consecutivos em ambos os casos.
No final do último jogo realizado em casa, na 33ª jornada, o treinador Jó Faria fez o balanço da época:
"Este foi um ano de transição para o FC Marinhas, muito difícil, em que nós tivemos muitas dificuldades ao andar com a casa às costas. Tivemos uma série de coisas, a nível interno, que às vezes é difícil digerir.
É desgastante. É um campeonato com muitas jornadas, é um ano inteiro a jogar com alguma pressão. Associado a isto, alguns problemas que referi há bocado, que tiveram a ver com a logística, contribuíram em certa maneira para que esta equipa tivesse muitos altos e baixos. A direção fez grandes esforços no sentido de nos poder dar outro tipo de condições, como é o caso do relvado.
Quanto ao nosso objetivo, nós tínhamos equipa para este tipo de objetivos e conseguimos. Não esperava era passar por algumas dificuldades com que nos deparamos em termos da gestão da equipa, porque quando nós nos deslocamos para outro tipo de situação de treino, a equipa caiu muito. Também tivemos uma fase em que estava difícil a equipa jogar. A partir do momento em que nós regressamos aqui a casa, a equipa motivou-se mais, treinou-se de outra maneira. É muito difícil treinar num campo em que, apesar de toda a gentileza das pessoas que nos cederam as instalações, houve muitos sacrifícios de muita gente, a começar pelos jogadores, diretores e treinadores.
O que fica para história, resumindo, é que acabou por ser um ano positivo e quase que a nível de todos os escalões conseguiu-se os objetivos.
Parabéns a todos, à direção, principalmente aos jogadores!", analisou.
O EsposenDEsportivo CONGRATULA todos os elementos do FC MARINHAS pela época que agora termina!
AD Esposende
O percurso da AD Esposende no Pró-Nacional ficou inevitavelmente marcado pela prestação da equipa durante a primeira volta do campeonato, onde completou as primeiras 17 jornadas apenas com 7 pontos somados.
Para isso muito contribuiu o facto de praticamente em toda essa primeira volta a turma esposendense, então treinada por Tiago Losa, estar condicionada a treinar no campo pelado de Gemeses e a jogar consecutivamente na condição de equipa visitante, por inversão dos jogos em que deveria jogar no seu estádio.
Lembre-se que o Estádio Padre Sá Pereira, desde o início da época até dezembro, sofreu obras de remodelação e de substituição do relvado natural por um sintético.
O primeiro jogo desta época realizado no Estádio Padre Sá Pereira, derrota por 4-1 com o Arões SC, acabou por ditar a saída de Tiago Losa do comando técnico da equipa, com um registo de uma vitória e três empates, em 14 jogos, sendo provisoriamente substituído pelo capitão de equipa Carlos Viana, até ser encontrada uma solução definitiva.
Carlos Viana acabou por dirigir a equipa nos três jogos seguintes, onde apenas conseguiu conquistar um empate.
No início de janeiro e no arranque da segunda volta, deu-se a entrada de Mário Souto, que começou a operar uma fantástica recuperação, aproveitando também o facto de disputar a maioria dos jogos em casa.
A primeira vitória de Mário Souto aconteceu ao seu quinto jogo ao leme da equipa (antes tinha registado 2 empates e 2 derrotas), estabelecendo aí o início de uma fase super positiva, com 8 jogos sempre a pontuar (5 vitórias e 3 empates), em que se começou a acreditar que a manutenção ainda era alcançável.
Porém, a derrota em casa, à 31ª jornada, diante do Dumiense FC (um adversário direto na luta pela permanência) praticamente destruiu por completo esse sonho, com o destino da despromoção a ser sentenciado na penúltima jornada.
A AD Esposende terminou o campeonato na 17ª posição, com 30 pontos conquistados, fruto de 7 vitórias, 9 empates e 18 derrotas
O registo de 29 golos marcados fez com que os esposendenses fossem a equipa menos concretizadora do campeonato. Os 59 golos sofridos ditou a segunda pior marca defensiva.
Na situação de equipa visitada, registou 5 vitórias, 6 empates (Pevidém SC, CCD Santa Eulália, GD União Torcatense, C. Caç. Taipas, Brito SC e Vieira SC) e 6 derrotas (Merelinense FC, Arões SC, SC Maria da Fonte, CD Celeirós, GD Porto D'Ave e Dumiense FC), tendo marcado 18 golos e sofrido 24.
Fora de portas, ganhou 2 jogos (FC Marinhas e SC Maria da Fonte), empatou 3 (GD Travassós, Brito SC e Dumiense FC) e perdeu 12. Marcou 11 golos e sofreu 35.
A sua pior série sem vencer foi de 16 jogos, na qual registou 6 empates e 10 derrotas.
A pior série de derrotas consecutivas aconteceu por duas vezes, ao perder quatro jogos seguidos, a primeira entre a 1ª e a 4ª jornada; a segunda entre a 30ª e a 33ª jornada.
A melhor série sem perder foi de 8 jogos, entre a 22ª e a 29ª jornada, na qual alcançou 5 vitórias e 3 empates, período no qual registou a sua melhor série de vitórias consecutivas, quando, entre a 25ª e a 27ª jornada conquistou por três vezes os três pontos.
Para isso muito contribuiu o facto de praticamente em toda essa primeira volta a turma esposendense, então treinada por Tiago Losa, estar condicionada a treinar no campo pelado de Gemeses e a jogar consecutivamente na condição de equipa visitante, por inversão dos jogos em que deveria jogar no seu estádio.
Lembre-se que o Estádio Padre Sá Pereira, desde o início da época até dezembro, sofreu obras de remodelação e de substituição do relvado natural por um sintético.
O primeiro jogo desta época realizado no Estádio Padre Sá Pereira, derrota por 4-1 com o Arões SC, acabou por ditar a saída de Tiago Losa do comando técnico da equipa, com um registo de uma vitória e três empates, em 14 jogos, sendo provisoriamente substituído pelo capitão de equipa Carlos Viana, até ser encontrada uma solução definitiva.
Carlos Viana acabou por dirigir a equipa nos três jogos seguintes, onde apenas conseguiu conquistar um empate.
No início de janeiro e no arranque da segunda volta, deu-se a entrada de Mário Souto, que começou a operar uma fantástica recuperação, aproveitando também o facto de disputar a maioria dos jogos em casa.
A primeira vitória de Mário Souto aconteceu ao seu quinto jogo ao leme da equipa (antes tinha registado 2 empates e 2 derrotas), estabelecendo aí o início de uma fase super positiva, com 8 jogos sempre a pontuar (5 vitórias e 3 empates), em que se começou a acreditar que a manutenção ainda era alcançável.
Porém, a derrota em casa, à 31ª jornada, diante do Dumiense FC (um adversário direto na luta pela permanência) praticamente destruiu por completo esse sonho, com o destino da despromoção a ser sentenciado na penúltima jornada.
A AD Esposende terminou o campeonato na 17ª posição, com 30 pontos conquistados, fruto de 7 vitórias, 9 empates e 18 derrotas
O registo de 29 golos marcados fez com que os esposendenses fossem a equipa menos concretizadora do campeonato. Os 59 golos sofridos ditou a segunda pior marca defensiva.
Na situação de equipa visitada, registou 5 vitórias, 6 empates (Pevidém SC, CCD Santa Eulália, GD União Torcatense, C. Caç. Taipas, Brito SC e Vieira SC) e 6 derrotas (Merelinense FC, Arões SC, SC Maria da Fonte, CD Celeirós, GD Porto D'Ave e Dumiense FC), tendo marcado 18 golos e sofrido 24.
Fora de portas, ganhou 2 jogos (FC Marinhas e SC Maria da Fonte), empatou 3 (GD Travassós, Brito SC e Dumiense FC) e perdeu 12. Marcou 11 golos e sofreu 35.
A sua pior série sem vencer foi de 16 jogos, na qual registou 6 empates e 10 derrotas.
A pior série de derrotas consecutivas aconteceu por duas vezes, ao perder quatro jogos seguidos, a primeira entre a 1ª e a 4ª jornada; a segunda entre a 30ª e a 33ª jornada.
A melhor série sem perder foi de 8 jogos, entre a 22ª e a 29ª jornada, na qual alcançou 5 vitórias e 3 empates, período no qual registou a sua melhor série de vitórias consecutivas, quando, entre a 25ª e a 27ª jornada conquistou por três vezes os três pontos.
Mário Souto, no final da última partida, fez uma retrospetiva da época que acaba de terminar:
"Agora é muito fácil (considerar que caso estivesse no comando da equipa desde o início da época o desfecho poderia ser outro). Isso nunca vamos saber. A sensação com que fico é que existe realmente jogadores com qualidade, mas são jogadores que ainda estão em formação e em crescimento, e que conseguiram fazer com que as pessoas sonhassem e acreditassem na manutenção, depois de toda a gente pensar que a ADE ia descer a meio da época. Mas, na fase das decisões, essa inexperiência, essa imaturidade e juventude, pesou um bocadinho na cabeça dos jogadores, por ser a primeira vez que jogam em campeonatos com este nível. Fico com essa sensação, mas também fico com a sensação de que vale a pena apostar em projetos onde se privilegia mais a parte financeira, que foi o que esta direção fez e a meu ver muito bem. Portanto, também tem de se elogiar esta pessoas que andaram a trabalhar pelo clube, com as dificuldades que toda a gente sabe, com o objetivo de estabilizar e dar credibilidade ao clube. Esta época valeu por isso e foi conseguido minimamente. É claro que é um trabalho que demora o seu tempo, quer a nível de equipa, quer a nível interno do clube. Acho que foi o projeto certo, que infelizmente resultou na descida de divisão do Esposende, mas há outras coisas que se ganharam. As pessoas que estiveram mais próximas do clube, mais próximas de nós, percebem que esta época também foi importante a vários níveis.", continuou.
Sobre o facto de se ter chegado a acreditar na manutenção, o técnico referiu:
"Claro que cheguei a acreditar (na manutenção). Acho que toda a gente começou a acreditar quando nós entramos naquela fase das vitórias consecutivas, mesmo estando longe da linha de água. Pelo jogo que a equipa estava a praticar em campo e pelo nível das outras equipas que estavam a lutar connosco pela manutenção estavam a ter no momento, estava-se a conseguir aos poucos a aproximação, estava-se a criar uma onda muito grande de motivação e estivemos muito próximos. Foi por pormenores que as coisas não aconteceram.", disse.
O EsposenDEsportivo CONGRATULA todos os elementos da AD ESPOSENDE pela época que agora termina!
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