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No passado dia 26 de Novembro, o AndebolFemininoPortugal divulgou no seu blog uma entrevista concisa ao treinador da Juventude de Mar, Paulo Martins, na qual o treinador faz um balanço dos jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão já realizados e aborda outros assuntos relacionados com o andebol feminino.

Quanto à própria equipa sénior da Juv. Mar, só voltará a actuar para o campeonato no sábado da próxima semana, deslocando-se ao pavilhão da ASS Assomada, em Oeiras.

De modo a colmatar a ausência de compromisso oficiais, reproduzimos então a entrevista de Paulo Martins na íntegra:

Entrevista a Paulo Martins, treinador da Juv.Mar

Significado da primeira vitória no campeonato?
Foi um momento de viragem nos problemas grandes que temos sentido. Fizemos uma gestão no sábado para poder jogar em força no Domingo. Estamos a recuperar de algumas lesões e azares.

Esperava tanta dificuldade no campeonato até ao momento?
Com o calendário e com os reforços de algumas equipas e perda de algumas jogadoras nossas, confesso que esperava. Não esperava era tantas lesões, mas começa a fazer parte do planeamento.

Também concorda que há cinco candidatos ao titulo?
Não. As equipas de cima são mais equilibradas, mas depois falta a maturidade para se ser campeão. Por isso, acho que o Madeira SAD, Alavarium e o CJB são candidatos. O Colégio de Gaia e a JAC-Alcanena podem complicar, mas falta o resto.

Concorda com este modelo?
Sim. Já o tinha dito ao presidente em Leiria. Penso que é o melhor para o Andebol Feminino e de tão bom que é, vai ser adoptado no masculino.
Só penso que temos rapidamente de resolver esta história das jornadas duplas com a Madeira. Isto desvirtua o campeonato, mas a Troika é que manda.

Como olha para o facto de começarmos a ter mais jogadoras no Estrangeiro?
Este modelo já foi utilizado em outras épocas, mas somos tugas e nunca está nada bem.
Isso é muito positivo e espero que não seja nas ligas inferiores. Espero que para elas seja financeiramente viável, senão vamos ter problemas maiores quando elas quiseram regressar a casa, nomeadamente dívidas e lesões.

O que falta para o Andebol feminino dar o salto?
Dinheiro e o paradigma do país.

O Paulo Martins está há tantos anos a Juv.Mar. O que o motiva a estar sempre ao leme desta coletividade?
Primeiro, sou fundador, segundo, são as minhas atletas deste sempre. Depois existe o factor sentimento.
No ano passado assumi o cargo de coordenador geral e, penso que, estamos no bom caminho. Talvez em 2014 mude de projecto ou faça um ano sabático, mas ainda falta algum tempo. Na vida tudo muda.

Em que medida é que o aparecimento do blogue contribuiu para o desenvolvimento da modalidade?
Contribuiu e muito. A visibilidade do Andebol Feminino era nula, considero que deram um grande impulso na divulgação da modalidade.
Penso que estão a fazer um excelente trabalho. Não sei se tem o apoio da FAP, mas deviam de ter. Contudo, considero que deveriam evoluir o conceito, porque o feminino tem muito por explorar.