A direção da AD Esposende emitiu um comunicado de sete páginas, publicado na sua página da rede social facebook, a dar conta de toda a sua insatisfação relativamente às recentes atuações das equipas de arbitragem nos jogos da equipa sénior na Divisão de Honra - Série A da AF Braga, incidindo principalmente sobre o último jogo, disputado no dia 29 de novembro e relativo à 11ª jornada da competição, que se saldou numa derrota de 1-2 diante do Águias da Graça no seu próprio estádio.
Entre vários apontamentos, os dirigentes do clube esposendense chegam a apontar a postura premeditada em prejudicar a AD Esposende por parte da equipa de arbitragem, acusando-a de ir para o jogo corrompida.
As duras críticas são ainda extensivas à Associação de Futebol de Braga, mais concretamente o seu Conselho de Arbitragem.
Excerto do comunicado da AD Esposende:
" Como todos sabem, decorreu, domingo, 29/11/2015, um encontro no Estádio Padre Sá Pereira, em Esposende, entre a Associação Desportiva de Esposende (ADE) e o Águias da Graça, no qual se discutia o primeiro lugar na classificação, único que dará acesso direto à subida de divisão.
Mas, para além de se discutir o primeiro lugar da classificação, discutia-se também, eventualmente, a fuga da ADE em relação aos mais diretos adversários na disputa do primeiro lugar, pois, em caso de vitória, poderia ficar a 6 pontos de vantagem sobre o segundo classificado.
Para o jogo em causa foi nomeada uma equipa de arbitragem chefiada pelo Sr. Marco Mendes.
Esta equipa de arbitragem, sem qualquer respeito pela ADE, tratou de adulterar completamente o resultado a favor da equipa com quem estaria comprometida, sabe-se lá como, porquê e de que forma, cometendo erros grosseiros, fazendo uma arbitragem desonesta, astuta e corrompida.
Obviamente que a ADE tem objetivos, os seus atletas e treinadores trabalham arduamente durante a semana para estarem preparados ao fim de semana para enfrentar cada desafio, que se pressupõe seja disputado apenas pelas equipas em confronto. No entanto, verificamos que, quem ganha os jogos, quem faz com que a outra equipa perca os jogos, não é a equipa adversária, não é o talento dos jogadores, não é o trabalho da equipa técnica, é, sim, a equipa de arbitragem, composta por pessoas que, diga-se, e conforme alguém dizia no final do jogo, "... são ainda piores pessoas lá fora, vestidos informalmente, no seu dia-a-dia, do que foram dentro do campo de futebol...". Porque, de facto, errar, propositadamente, a mando ou seguindo as instruções de alguém, a troco de algo, é desonesto, adúltera todas as regras do fair-play e da verdade desportiva que devem imperar, mas pensamos (embora não quiséssemos que assim fosse) que tal forma de agir fará parte do futebol. Mas, estes senhores, fora do futebol, serão certamente ainda piores pessoas, pois quem desrespeita daquela forma seres humanos que se sacrificam e trabalham, desrespeita toda uma multidão que assistia ao jogo do seu clube do coração, sendo que no meio dessa multidão estavam dezenas de crianças, atletas do clube, e, essencialmente, quem se deixa instruir por outras pessoas, e faz precisamente o que lhe pedem, seja a troco do que for, e isso tem um nome, não merece qualquer tipo de consideração e respeito, não vale nada, é muito pior pessoa do que árbitro de futebol e merece, apenas e só, desprezo.
Porém, embora possamos desprezar a equipa de arbitragem, não podemos esquecer o que se passou no Estádio Padre Sá Pereira.
Esta equipa de arbitragem teve apenas o único e claro objetivo de enganar, ludibriar e agitar os Esposendenses, em especial os seus jogadores e equipa técnica.
E, obviamente, o resultado teve influência direta da arbitragem e, por isso, foi falseada a verdade desportiva, conforme facilmente se poderá provar. De facto, ocorreram lances em que o objetivo do árbitro de prejudicar a ADE foi por demais evidente, que não deixa qualquer dúvida acerca das suas intenções. Em concreto a equipa de arbitragem validou indevidamente o primeiro golo do Águias da Graça, não assinalando uma falta clara sobre o Guarda Redes da ADE bem como fora de jogo do jogador que marca o golo. Dois erros grosseiros no mesmo lance. Golo que deveria ter sido invalidado, caso houvesse honestidade e seriedade do árbitro; No segundo golo do Águias da Graça marcou indevidamente uma grande penalidade contra a ADE, incompreensível, aliás, que tenha assinalado falta. O jogador da ADE toca apenas e só a bola, fazendo corte contra o adversário e, portanto, deveria ter sido assinalado pontapé de baliza a favor da ADE. Porém, o Sr. Árbitro, de forma peremptória, como se já aguardasse por aquele momento para fazer ele próprio o resultado do jogo, assinalou grande penalidade, para espanto dos adeptos da ADE e dos próprios adeptos do Águias da Graça, que se riram do erro do árbitro. Todos sabiam o que se estava a passar. E todos, antes do jogo, já sabiam o que iria passar.
Para além destes erros, muitos outros houve, sempre em prejuízo da ADE e em claro benefício do Águias da Graça.
Esta atuação do Sr. Marco Mendes não nos surpreende e, de facto, logo a seguir ao apito inicial, já sabíamos que a ADE não ganhava o jogo (nem empatava). De facto, circulou de imediato uma informação de que este Sr. Árbitro, ao que parece agente de autoridade de profissão, já seria "useiro e vezeiro" a fazer este tipo de arbitragens em claro benefício dos seus "amigos" e, portanto, a ADE não ganharia o jogo. À semelhança do que já havia sucedido uma semana antes, em que alguém terá dito que a ADE não ganhava em Palmeiras (Braga)... Claro que o objetivo não seria apenas ajudar o Palmeiras. Cremos que seria mais para ajudar outro clube que quererá, a todo o custo, subir de divisão...
Entendemos, porém, que para subir de divisão, são necessários vários factores:
- muito trabalho da direção, para que nada falte aos atletas e treinadores, designadamente a nível de condições de treino e jogo e pagamento pontual dos prémios;
- muito trabalho dos jogadores e treinadores na preparação dos jogos;
- seriedade;
- honestidade;
- qualidade de jogadores e treinadores;
Nestes requisitos a ADE ganha a qualquer adversário (pelo menos dos que já conhecemos).
Há quem diga que, para subir de divisão, para além daqueles factores é ainda necessário:
- ter muito poder financeiro;
- ter influência da A.F. Braga;
- conhecer os árbitros antes dos jogos e privar com eles;
- ser beneficiado pelos árbitros;
- ganhar com ajuda dos árbitros.
Em relação a estes requisitos, e a considerarem-se importantes para se aspirar a uma subida de divisão, dizemos desde já que a ADE não compactuará com este tipo de atuações, não será conivente com resultados adulterados nem contribuirá para que cada jogo seja uma farsa. A ADE não pauta a sua atuação por caminhos desonestos e contrários ao rigor desportivo, ao fair-play e à verdade desportiva. A ADE não faz de tudo nem passa por cima de tudo e todos para alcançar um objetivo.
A ADE subirá de divisão, estamos certos e acreditamos que tal sucederá, quando for melhor que os adversários, e não quando os adversários forem obrigados a ser piores, em função da atuação dos árbitros. Este papel deixamos para aqueles que querem subir a todo custo.
Refira-se, ainda que, para maior estranheza nossa e de quem anda no futebol, este jogo não teve observador do árbitro. Ou seja, se num jogo entre os dois primeiros classificados não há quem fiscalize a atuação da equipa de arbitragem, acreditamos que tudo foi premeditado, e que tudo estava devidamente preparado para que a ADE saísse derrotada."
O comunicado na íntegra:
(Clique nas imagens)
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