O jovem futebolista Tozé Carvalho, de 21 anos e natural de Forjães, faz parte da equipa/ geração da Seleção Nacional Sub-21 que na passada terça-feira carimbou a qualificação para o Europeu da categoria.
Tozé Carvalho foi titular no segundo jogo do play-off com a Holanda realizado na passada 3ª feira em Paços de Ferreira, em que os sub-21 portugueses venceram por uns incríveis 5-4, com Tozé a fazer duas assistências, resultado ao qual se junta a vitória alcançada no primeiro jogo na Holanda por 0-2.
Esta seleção, treinada por Rui Jorge e antecâmara da seleção principal, protagonizou uma campanha de qualificação 100% vitoriosa, uma vez que venceu os 10 jogos oficiais, registo que se acentua se se juntar os 4 jogos de caráter amigável que realizaram pelo meio e que também venceram.
Tozé Carvalho vive uma nova experiência enquanto futebolista profissional, já que trocou por empréstimo o FC Porto pelo GD Estoril Praia, da 1ª Liga Portuguesa Profissional, em busca de jogar mais e se afirmar no principal campeonato português.
Tozé deu uma entrevista ao zerozero.pt, que a seguir transcrevemos na íntegra, onde aborda temas relacionados com a Seleção Sub-21, a mudança do FC Porto para o Estoril e a experiência no clube da Linha.
Tozé saiu do FC Porto «para jogar mais» e sente-se «mesmo muito bem no Estoril»
Referência da formação portista nos últimos anos, mas com a afirmação na primeira equipa distante, foi com a missiva de que «parar é morrer» que o médio escolheu o seu novo clube, por empréstimo dos dragões. O sonho de ser figura no Dragão não desapareceu, mas o foco atual está em brilhar ao máximo num clube que merece os maiores elogios do jovem sub-21, ele que faz parte de uma geração que muito tem prometido.
Comecemos por aí. É que Tozé não jogou no play-off na Holanda (0x2), mas aproveitou o castigo de Rafa para ser titular em Paços de Ferreira (5x4). O contacto para a entrevista até foi entre as duas partidas, pelo que nada teve a ver com as duas assistências que o médio fez na primeira parte, muito embora isso aumente a pertinência da mesma. Tozé foi um dos homens da partida, foi também dos mais regulares nas escolhas de Rui Jorge, que comanda uma nova vaga de muitos e bons talentos que têm encantado os portugueses.
«Não joguei na Holanda, porque este grupo tem muita qualidade e há muitas boas opções. Tive a felicidade de ser opção em Paços de Ferreira e correu-me bem, com as duas assistências», começou por dizer, nesta entrevista ao zerozero.pt, na qual optou por não se deslumbrar com o que tem sido feito.
«É um grupo fantástico, com uma grande união e vontade de fazer coisas boas. Não sei até onde pode chegar, por agora pensamos em fazer um bom Europeu e garantir a ida aos Jogos Olímpicos, que também será muito importante para esta geração», continuou.
Estoril a crescer
Terminada a dupla jornada de seleção, é tempo de voltar a olhar para o clube. Aí, Tozé também está contente. Notou-se pelas palavras, mas também pela intensidade com que falou dos canarinhos: «Sinto-me mesmo, mesmo muito bem no Estoril».
Tal só acontece porque se trata de um «clube bastante organizado» e onde as «pessoas são bastante dedicadas», o que tem contribuído para o crescimento dos últimos anos do emblema da Linha.
Ainda assim, a época não começou da melhor maneira: «É verdade que não começámos bem, esperávamos ter mais pontos nesta altura, mas a equipa tem jogado bom futebol e os resultados começam finalmente a aparecer, com toda a justiça. O nosso grupo é unido e bem orientado».
Se a época começou mal a nível interno e tem melhorado, o mesmo aconteceu no capítulo europeu, embora com um desafio que pode ter mudado o rumo do Estoril versão 2014/2015: «O jogo contra o Panathinaikos pode ter sido o clique, mas ainda estamos numa altura inicial. Se o jogo com o Dynamo Moskva é decisivo? Talvez seja, mas é uma fase de grupos, onde não interessa muito olhar para o fim, interessa é pensar em ganhar o jogo seguinte».
FC Porto, um sonho mais lá para a frente
Formado nos dragões e campeão em 2012/2013, com Vítor Pereira (jogou na receção ao Olhanense), o atleta brilhou nas duas últimas épocas pela equipa B, só que as oportunidades na turma principal não abundaram e a vontade de triunfar fez com que Tozé aceitasse o empréstimo de bom grado.
«Sabia que ia ser muito difícil ter oportunidades e minutos no FC Porto como estou a ter no Estoril e esta é uma altura decisiva na minha carreira, na qual tenho que jogar para evoluir e ganhar o meu espaço. Portanto, mesmo admitindo que exista a ambição de me afirmar no clube que gosto, neste momento quero realizar uma boa época e no fim fazer um balanço», considerou.
A terminar a entrevista com o zerozero.pt, a garantia de que arrependimento é palavra totalmente proibida para designar a opção tomada. Pelo contrário.
«Não cheguei a falar com Lopetegui, houve a proposta do Estoril e de outros clubes da Primeira Liga, mas esta pareceu-me a mais interessante e ainda bem que vim, não estou nada arrependido. Pelo contrário, estou a ser muito bem tratado neste clube», terminou.
Sem comentários